Terrorismo poetico!!!
Paulista com Pamplona, paro no farol. Tempo demorado, espero impaciente. Olho para o outro lado da rua: uma mulher, roupas velhas e imundas, ela inteira imunda, uma mendiga. Tambem espera (o farol?). Parece inquieta, observa tudo e todos. Pára o olhar em duas mulheres que conversam, distintas, provavelmente comentam coisas corriqueiras, amenidades. Num ato subito, a mendiga, quase invisivel para as duas, curva-se para frente e mostra suas indecencias. Susto, grito, uma delas pula pra tras, desviam daquela cena, querem atravessar a rua por entre os carros. Assusto-me, incomodo. O farol abre, incomodo. A mendiga vem em minha direcao, incomodo. Disfarco, desvio o olhar, apresso o passo, nada demais aconteceu, ela nao existe. Passou, passamos uma do lado da outra. Incomodo. Vem o pensamento: monstros nao podem existir.
Tempo escondido
Quando crianca, era um tormento ir dormir. O quarto estava povoado de vozes assustadoras, barulhos, sombras. Os pais, acalento, diziam que monstros nao existiam, tudo invencao. Em momentos de maior desespero, escondia-me embaixo das cobertas e repetia quase como um mantra: monstros nao existem. Foi a forma de sobreviver ate, pelo menos, o dia seguinte.
Tempo escondido
Quando crianca, era um tormento ir dormir. O quarto estava povoado de vozes assustadoras, barulhos, sombras. Os pais, acalento, diziam que monstros nao existiam, tudo invencao. Em momentos de maior desespero, escondia-me embaixo das cobertas e repetia quase como um mantra: monstros nao existem. Foi a forma de sobreviver ate, pelo menos, o dia seguinte.
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